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O sonho da marchadora portuguesa continua...
Depois de não ter sido pré-selecionada para Londres, Susana Feitor encara agora a recuperação da sua lesão e não deixará de estagiar em altitude, porque afinal ainda lhe falta a cereja no topo do bolo...
Foi com o fair-play que lhe é publicamente característico e sob o espírito olímpico que Susana Feitor foi apresentar o traje olímpico na passada segunda-feira. O seu semblante enquanto desfilava transparecia aquilo que lhe ia na alma, mais até do que eventuais dores físicas. E o motivo é simples, a não inclusão na pré-seleção para Londres, que preencheu as três vagas com Ana Cabecinha, Inês Henriques e Vera Santos. Susana Feitor já tinha sido colocada de fora para o Europeu de 2010 e vê-se novamente numa situação semelhante, mas desta feita fora dos Jogos Olímpicos, depois de no Mundial do ano passado ter sido a melhor portuguesa em competição, com um 6º lugar surpreendente. Desta vez o motivo foi o falhanço no momento decisivo, a Taça do Mundo de Marcha, não por causa do seu momento de forma, mas por lesão...
Estivemos à conversa com Susana Feitor, numa escadaria aveludada, em Lisboa, com a marchadora nacional a transmitir aquele que será um dos piores sentimentos de um atleta com sonhos olímpicos : ficar fora da convocatória, mesmo tendo mínimos. Não era, afinal, nada que os critério não contemplassem, seguindo o selecionador os critérios estipulados...Os critérios dava a Taça do Mundo de Marcha como um momento importante de observação e Susana Feitor acabou a ressentir-se de uma lesão que já sabia que tinha, mas que não a limitava : ”Eu sai de Portugal com uma lesão nos isco tibiais, uma lesão até bastante grande que conseguimos controlar. Era uma lesão que não me estava a limitar...”. Em Saransk, onde decorreu a Taça do Mundo, a portuguesa acabaria por se ressentir e a solução era recorrer a anestésicos locais para evitar as dores e controlar, pelo menos para a prova. Foram administrados antes do aquecimento, mas o efeito acabou por se perder a menos de meio da prova e a partir daí Susana entrava numa prova completamente diferente : ”Fiz sete quilómetros a um bom nível, mas depois as dores voltaram e não as aguentei”. Terminaria num atípico 65º lugar, mas o ato patriótico não valeu para as contas de Londres 2012...
”É claro que me sinto frustrada, trabalhei tanto, é inevitável não me sentir frustrada. Mas mais do que frustrada estou triste...” diz a experiente marchadora portuguesa, enquanto refletia sobre todas as horas de treino que levou a cabo para chegar ao seu sexto sonho olímpico...
O CAMINHO CONTINUA SEGUNDO O ESTATUTO DE SUPLENTE...
Apesar de não ter sido pré-selecionada para Londres, Susana Feitor não pendura, para já, os ténis de estrada, até porque Londres não é um assunto definitivamente arrumado. Para já a marchadora portuguesa trata da masela que a impediu de garantir o lugar olímpico em Saransk : ”Neste momento estamos a fazer tratamento bidiário”. Para conseguir treinar tem recorrido a outras formas de treino que não lhe impeçam de estar dentro de uma boa forma desportiva, tal como fez antes de Saransk e o plano é o mesmo que tinha antes : ”Vamos agora para altitude e depois farei o Campeonato de Portugal”.
Nesta altura será difícil pensar no cenário dos Jogos Olímpicos, a não ser que alguma das outras marchadores se lesione ou se revele em mau momento de forma até aos Campeonatos de Portugal. Mas mais do que isso, falta a Susana Feitor um objetivo de carreira, que afinal até poderia ter tido a sentença final em Daegu, no ano passado. ”Continuo com o mesmo objetivo de terminar com um grande resultado”, diz Susana Feitor que preferiu concluir o ciclo olímpico, na esperança de fechar a carreira nos Jogos Olímpicos de 2012. Apesar de estar em tremenda desvantagem, a marchadora não perde o seu objetivo do horizonte : ”O meu pensamento é o que tinha antes, com muita pujança para dar”. Por outro lado a atleta não se quer apressar a estabelecer próximos objetivos, a bem de uma das suas máximas, planear uma coisa de cada vez.
OS CRITÉRIOS QUE FORAM CUMPRIDOS...MAS INJUSTAMENTE...
Susana Feitor sabia que tinha de ser terceira portuguesa em Saransk para garantir presença em Londres, porque os critérios para os atletas de 20 quilómetros marcha indicavam claramente que a Taça do Mundo de Marcha era um momento decisivo para a escolha para Londres. Sem contestar propriamente a escolha do selecionador, a marchadora acabaria por colocar em causa os critérios : ”Se os critérios são justos? Isso já é outra conversa...”.
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Susana, tens de te convencer que o teu tempo passou.
É que se é a opinião do autor na noticia, isso deve ficar bem vincado ou então é um mau serviço. (e já agora, o nome do autor da noticia não consta da mesma!).
E se é a opinião da Susana, então devem permitir que o Seleccionador possa responder.
Mas como sempre: é justo se o atleta vai, é injusto se vai um outro...
quando vem dizer que apesar de nao estar dentro das selecionáveis continua a dar tudo de si para caso aconteça algo estar em forma nos JO caem todos em cima dela...
tipico do povo portugues....dizer mal...
aprendam a valorizar as pessoas e o seu esforço