A difícil viagem até à terra de Ataturk (dia 0)

Quinta, 08 Março 2012


Mustafa Ataturk foi o primeiro presidente turco e um nome muito querido do povo da Turquia, que ao longo do tempo foi batizando vários dos locais relevantes deste país, como por exemplo o aeroporto da cidade de Istambul. E é aqui exatamente o ponto de começo ou, dir-se-ia, o local de chegada da equipa do Atleta-Digital que enfrentou uma das viagens mais difíceis das coberturas internacionais já realizadas. A distância entre Portugal e Turquia não parece ser a justificação de tal dificuldade, mas acabou por ser. Até às escalas feitas na Alemanha (Frankfurt para o Filipe, Munique para mim e para o Marcelo) tudo bem, mas a viagem da Alemanha para a Turquia revelou-se cansativa, dolorosa e estafante. Ainda não percebemos se foi dos ares, se foi da comida do avião , se da pressão atmosférica, mas em contacto com outras pessoas percebemos que não somos únicos neste estado de alma…

Claro que o espírito de missão e de sermos o único órgão de comunicação social português a deslocar a Istambul para cobrir a participação dos (apenas) dois atletas nos levaram a superar tudo isso, mas não podemos esquecer as dores de cabeça de uns, a má disposição de outros, mas acima de tudo o cansaço. Quereríamos ter tentado fazer muito mais do que fizemos, quereríamos mostrar o primeiro lado de Istambul, mas a adaptação não foi realmente simples e logo com as competições a começarem no dia seguinte…

A cidade de Ataturk reservou-nos isto e claro que isso também faz parte das histórias de uma viagem, que só termina na próxima 3ª feira. A primeira imagem da cidade é algo totalmente diferente de outras já visitadas, com hábitos diferentes, onde regatear é a palavra de ordem. Quando o taxista esquece o taxímetro para fixar 10 euros como taxa na deslocação para o hotel, quando no hotel nos pedem que paguemos o mapa turístico à parte, sem poder ser por multibanco, julgo que está tudo dito quanto à forma de viver deste povo. Mais considerações sobre o povo turco tentarei guardar para depois, para evitar más avaliações, proveniente num só olhar…

A acreditação também não foi fácil de obter, para nenhum de nós, com diferenças de temperatura muito grandes, entre o frio que está na rua, com o aquecimento extremo dos edifícios onde estivemos. Valeu alguns dos mimos oferecidos pela Organização e um deles foi uma das mascotes do evento (como se pode ver na fotografia). Esperamos um dia melhor amanhã, porque as próximas horas de sono são fundamentais para conseguirmos recuperar desta difícil chegada a Istambul…

Edgar Barreira

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