Quando um povo quer o nosso bem…(dia 2)

Domingo, 19 Junho 2011


A Suécia é realmente um país de acolhimento que ultrapassou as expectativas à medida que caminhávamos pelo pouco tempo que aqui estivemos. Antes de avançar é referir que se nos referimos a Inglaterra como um país pontual, na Suécia temos de dizer que é um país em que não há desculpa para o atraso porque em todo o lado há relógios, o que dispensa até de termos o nosso!

Feito o aparte, fomos vendo aqui e ali várias demonstrações de afecto pela melhor recepção e estadia possíveis. Hoje, enquanto terminávamos um almoço num conhecido restaurante de hambúrgueres, uma empregada veio trazer-nos um mini-gelado, em cones de baunilha, de forma totalmente gratuita e com um sorriso na cara. Se por um lado poderá ter sido uma forma de escoar o gelado que tivessem a expirar a data de validade, a atitude deixa qualquer turista contente…Em boa verdade o nosso dia começou muito mal, com muita chuva e uma primeira molha entre o hotel e a estação do comboio…Até ao Estádio não mudou esta chuva, logo mais molhadas ficaram as roupas e o Filipe andou toda a tarde a fotografar à chuva, enquanto que na tribuna de imprensa fomos absorvendo o algum frio que se fazia sentir…Até que um elemento da Organização nos pergunta: “querem uma camisola para se agasalharem?!”. Afirmativamente todos responderam que sim e sem que demorasse muito, tínhamos camisolas iguais às da Organização, sequinhas…

Sempre atenciosos foram-nos informando também das modificações ocorridas na prova de salto com vara, como também do melhor lugar a ocupar na tribuna de imprensa, de forma a que não nos molhássemos e ainda nos iam questionando se tudo estava bem. Não temos qualquer queixa ou dedo a apontar à Organização que providenciou um rápido acesso à zona de entrevistas, a partir da tribuna de imprensa, que nos permitiu ter uma alimentação antes, durante e após o evento…que deixou aberto o Media Center por mais algum tempo, vendo-nos atarefados com a escrita de notícias, etc etc…

Outra coisa impressionantemente positiva é o facto da maioria da população perceber inglês na perfeição, podendo mesmo dizer que não tivemos qualquer sueco que não nos entendesse ou não nos quisesse ajudar em alguma dúvida relacionada com a cidade. Não sendo um povo de diálogo rápido e fácil, é um povo que permite descobrir coisas boas aos poucos e nesse sentido só tenho de dar os parabéns. O turismo de uma cidade não se mede apenas pela quantidade de sítios a visitar, mas também com o grau de acolhimento dessa cidade e Estocolmo ficou guardada na memória como uma das cidades que mais acolhimento permitiu dentro das deslocações internacionais já realizadas através do Atleta-Digital.

O que podíamos mais pedir ao nível da atenção prestada, se ela era até por vezes muito mais do que pedíamos ou pensávamos ? Como podíamos alegar descontentamento quando tudo corria dentro do esperado? Terá sido das primeiras competições em que, por exemplo, não houve qualquer problema com a internet, que tinha uma ligação mais que suficiente para o trabalho a desempenhar…

Estamos bastante contentes com todo este Campeonato da Europa de Equipas, depois de termos falhado há um ano a edição de Budapeste. Desta vez acompanhámos o melhor que conseguimos a selecção nacional e fomos um dos dois órgãos portugueses que estiveram presentes e aqui, há que o dizer, temos de agradecer a companhia da Sofia. Talvez o nosso regresso à Suécia ocorra numa data não demasiado distante, por motivos de cobertura jornalística e aí já saberemos dizer com a pronúncia certa o “Tac” (em português é Obrigado), que é o que este texto também pretende transmitir. Obrigado por nos teres acolhido assim, caro povo sueco…

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