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Fórmula do sucesso mantida nesta edição.
Foi hoje lançada a Meia-Maratona de Lisboa, já com os principais atletas que estarão presentes no próximo Domingo em Algés. Mas também se pediu manutenção de Fernando Mota...
Em Lisboa já está lançada a 21ª Meia-Maratona de Lisboa, evento que não se restringe ao evento principal, no Domingo, mas que também incluí eventos de outra natureza durante o dia de Sábado. Esta prova tem estatuto "Gold Label", estatuto máximo atribuído pela federação internacional a provas de estrada. Os principais atletas e alguns dos parceiros do evento estiveram num hótel de Lisboa, onde se incluiu ainda o Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, mas onde esteve ausente o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Mota...
Mário Machado, director-técnico da competição já fez saber que o percurso será exactamente igual ao de há um ano, quando se bateu o recorde mundial da meia-maratona. Nesta edição um vasto apoio médico será disponibilizado e face aos 24 graus que deverão ser sentidos por todos os participantes, foram feitos vários pedidos para que todos os participantes sejam responsáveis na sua corrida. O responsável pela parte médica desta Organização foi directo quanto aos participantes que correrem com dificuldades pelo calor ou falta de preparação, que possam implicar em consequências físicas : “Se as pessoas não pararem, nós obrigaremos essas pessoas a pararem!”.
Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, clube organizador desta prova alertou para as condições de tempo que os participantes terão no Domingo, onde o calor poderá fazer algumas baixas, mesmo com abastecimentos de 2.5 em 2.5 quilómetros. O contentamento do Organizador é grande, já que possui 36 mil inscritos e destes 4 mil estrangeiros de 48 países diferentes. Também vice-presidente da AIMS (Associação Internacional de Maratonas e Corridas de Estrada), Carlos Móia está radiante: “Colegas meus da AIMS consideram que temos a melhor meia-maratona do Mundo”.
TADESE DE NOVO EM LISBOA...WANJIRU PRINCIPAL AUSENTE
O recordista mundial, Zersenay Tadese (Eritreia), o homem que correu há um ano esta prova em 58.23 minutos, decidiu marcar novamente a presença “por gostar muito da prova”, disse o eritreu num inglês de difícil entendimento. Ainda que seja uma tarefa difícil, Tadese espera chegar de novo ao recorde dizendo-se “sentir-se bem preparado” e sem temer a temperatura.
Quem chegou a estar anunciado, mas que declinou entretanto a presença, foi o queniano Samuel Wanjiru, campeão olímpico da Maratona. Depois de graves incidentes familiares, que o levaram à cadeia, mesmo depois tendo fundado uma associação a favor das mulheres, Samuel Wanjiru não se sentia preparado, depois de algum tempo de paragem. Declinou assim um cachet avultado em Lisboa, por respeito à Organização portuguesa, um acto que sensibilizou Carlos Móia.
Mas além destes, outros atletas estarão presentes, com recordes pessoais sub-60 minutos : o tanzaniano Dickson Marwa (59.52), os quenianos Wilson Kiprop (59.39), Robert Kipchumba (59.28), Evans Cheruiyot (59.05), Leonard Langat (59.56) e o eritreu Yonas Kifle (59.30). No sector feminino a luta estará mais aberta, embora algumas atletas com recordes pessoais abaixo dos 68 minutos podem proporcionar uma boa competição : as quenianas Berhane Adere (67.52), Salina Kosgei (67.52) e a etíope Kebede Aberu (67.39).
Haverá ainda espaço para a prova para deficientes motores em cadeiras de rodas, onde estarão presentes os principais valores mundiais da especialidade, alguns com recordes mundiais. Em femininos os nomes de Sandra Graf, Sandra Hager, Patricia Keller e Manuela Schaer (Suiça), são os principais. Em masculinos a luta pode até ser maior, onde os principais atletas presentes serão Heinz Frei, Marcel Hug (Suiça), Alain Fuss (França), não se podendo esquecer as presenças dos portugueses Alberto Baptista e Alexandrino Silva.
HERMANO FERREIRA E DULCE FÉLIX PRINCIPAIS PORTUGUESES
Foram também hoje conhecidos os principais portugueses em prova, com dois nomes fortes da distância. Em masculinos quem se apresenta em melhor condição para o estatuto de melhor português é Hermano Ferreira (Conforlimpa), que se tem apresentado em boa forma. Além deste, estarão presentes Rui Pedro Silva, Fernando Silva, Ricaro Ribas, Ricardo Dias e Rui Teixeira (Maratona CP), José Ramos, Paulo Gomes e Hélder Ornelas (Conforlimpa) e ainda Luís Feiteira (Individual).
A preparar-se para a Maratona de Viena, Dulce Félix (Maratona CP) deverá aparecer em bom nível na Meia-Maratona de Lisboa, mas aqui o leque de portuguesas presente é menor, com os nomes de Mónica Silva, Daniela Cunha e Elisabete Lopes (Maratona CP), Doroteia Peixoto (Joane) e Cláudia Pereira (SC Braga).
A CADEIRA QUE FERNANDO MOTA NÃO PREENCHEU...
Presidente do clube de Sara Moreira, Carlos Móia compreende o erro que envolveu a inscrição da atleta para o Europeu de Pista Coberta e num momento crucial para o atletismo nacional, fez mesmo um apelo para que Fernando Mota, presidente da FPA, reconsidere amanhã, na Assembleia-Geral extraordinária, que se realizará na Casa Pia: “Não se pode mudar uma pessoa experiente e com sabedoria, numa ano pré-olímpico. Apoio e espero que ele possa reconsiderar...”.
O mesmo desejo ficou expresso pelo Secretário de Estado que considerou: “a atitude que o presidente da FPA tomou, foi uma atitude de enorme dignidade. Esteve à altura da sua responsabilidade e enobreceu a FPA e o desporto nacional”. O desejo de Laurentino Dias é que amanhã a Assembleia-Geral consiga convencer a continuidade de Fernando Mota, que teve hoje a sua cadeira por ocupar, num gesto promovido por Carlos Móia...
Enviado Especial : Edgar Barreira (texto e fotos)
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