As medalhas e o regresso feliz (dia 3) |
| Terça, 08 Março 2011 | |
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Tinha de ser no Domingo...em Turim já tinha sido Domingo e quem sofre é quem escreve! Mas quando se escreve com gosto... Lembro-me que há dois anos no Domingo antes das medalhas portuguesas visitávamos o Museu do Cinema, em Turim. Desta vez fomos passar a manhã aos Campos Elísios e conhecer o Arco do Triunfo, o verdadeiro, não o que existem noutras cidades ou outros que existem na cidade de Paris. Foi uma manhã mais de passeio que de visita e nem as lojas nos fizeram parar muito, até porque nos esperava uma tarde de participação portuguesa, logo a abrir com a Naide. E que abertura...depois de uma época de inverno sofrida e de uma qualificação à rasca, que tal uma medalha de prata para a sobremesa?! Que alegria ver a Naide de novo a subir ao pódio e vamos todos ter tantas saudades quando esta atleta abandonar a Alta Competição...Claro que a medalha aumentou a responsabilidade de escrever e de obter as suas declarações e como sempre...roubaram-nos a Naide antes de ela chegar à zona de entrevistas, com via rápida para o pódio. Espera longa, que só nos permitiu ver a Naide no pódio a partir de ecrãs de televisão porque a seguir viria uma grande final, a do Obikwelu. E esta alegria acabaria por ser acumulada. Que final de 60 metros, que alegria suprema de ver um atleta com tanto poder de aceleração e logo o único recorde nacional batido nestes campeonatos...e a medalha mais alta, a substituir a de Rui Silva, a alcançada em Turim..Novamente o corre-corre para a zona mista, novamente nos roubaram o português, para a subida ao pódio. Antes do pódio acontecer, só podia ir a correr para a bancada para ouvir “A Portuguesa” a vivas cores e sentir alguma emoção num momento importante do atletismo português. A consequência desta atitude foi ter de correr em direcção à zona mista e esperar muito para que o velocista português chegasse. Mas chegou, com um brilho nos olhos e um grande sorriso nos lábios, libertando-se de todos os jornalistas estrangeiros e até um português que fizeram as suas perguntas. Na verdade Obikwelu queria falar com os jornais desportivos e com o Atleta-Digital, onde deu uma entrevista incansável e memorável. Claro que todas estas emoções e bons momentos deram um grande e longo trabalho pela frente, mas muito bom de se fazer. Todos gostamos de escrever sobre medalhas, vitórias e recordes e até nisso o último dia tinha de dar essa emoção...Teddy Tamgho voltou a surpreender-nos... O resto do dia foi pouco mais do que as competições e alguma preparação mental para abandonar Paris no dia seguinte. Os rapazes do Norte (Filipe e Telmo) saíam por volta das 11:00 em direcção ao Porto. Os rapazes do Sul (Edgar e Marcelo) saíam por volta das 13:00 em direcção a Lisboa. Depois disso é que a selecção portuguesa saia de Paris para festejar em Portugal pelos feitos alcançados, mas para isso já não existia energia e quem teve o privilégio de assistir a tudo a partir de Bercy, já festejou quase tudo o que tinha para festejar... Gostámos todos deste Europeu de Pista Coberta, uma missão que consideramos cumprida. Agora venham os próximos momentos desportivos e internacionalmente esperamos estar na Superliga, em Estocolmo. Houvesse verba para ir até Daegu... |
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