Trovoada em terra, tempestade na pista (dia 9 e 10)

Sábado, 22 Agosto 2009

Depois de um dia de pausa nos diários, que representa a dificuldade de fazer tudo a tempo e horas, o diário de hoje representa os dias de ontem e hoje.

Acordámos ontem às 7h da manhã com uma enorme trovoada em Berlim, uma das maiores que tenha sentido e que nos surpreendeu pela violência e pelos “danos” provocados nos atrasos de provas e na performance das mesmas. A prova de marcha foi até “corrida” com tempo relativamente seco, após um abrandar das más condições atmosféricas, mas depois foi a chover que a imprensa teve de fazer as entrevistas, o que não deixou de ser desagradável.

Entretanto fomos almoçar e conhecer o Sony Center, uma praça coberta, rodeada de um imponente edifício, com lojas, restaurantes e escritórios. O almoço, foi um almoço, cortando com a alimentação menos boa dos últimos dias e isso reflectiu-se nos preços. Eu e a Joana optámos por uma salada de frango, o Filipe e o Telmo por um bom hambúrguer bem condimentado. Na hora do pagamento, a conta certa teve da nossa parte um pagamento certo e teve da parte da empregada a seguinte frase: “Thank you for the tip, as usual“, o que é uma frase potente e que ficou na nossa memória, como uma das melhores expressões ouvidas em Berlim.

Na pista, na sessão da tarde, uma enorme chuvada, a apanhar a parte final da qualificação da Naide, obrigou um adiamento, em quase uma hora, de todas as provas que se seguiram, tal era a intensidade da chuva e as possas que se foram formando na pista, um cenário que também nunca tinha assistido ao vivo.

Chegados à cabana, ainda foi tempo de repor algumas coisas atrasadas e o cansaço era tanto que nem escrevemos o diário.

Hoje de manhã o dia acordou com excelente tempo e quase perfeito para uma Maratona, como a disputada. Aproveitei para ir fazer um pouco de Geocaching pela cidade e conhecer mais alguns locais. Deu para conhecer uma estação de Berlim que foi muito importante para a saída de pessoas do país, durante a 2ª Guerra Mundial e que caridosamente preservam a fachada. Conhecemos ainda a “Topographie dês Terrors”, um museu ao ar livre, gratuito e que conta um pouco a história dos prisioneiros, no tempo de Hitler e da forma de execução dos mesmos, num local onde estavam algumas dessas prisões. Vimos ainda um pedaço do muro de Berlim, o que até parecendo estranho, é o primeiro pedaço que vemos. Eu e a Joana, depois disto, fomos caminhando ao longo do circuito da Maratona, onde estava imenso público a assistir, uma coisa impressionante e que mostra bem a mobilização dos berlinenses para estes Mundiais. Chegados ao local, entretanto o Telmo e o Filipe, que tiveram de se deslocar ao Estádio primeiro, foi tempo de trabalhar sobre uma prova histórica dos portugueses, o 4º lugar na Taça do Mundo da Maratona.

Foi depois tempo de ir almoçar algo com compras, num Supermercado perto do hotel da Selecção Nacional, e pelo meio encontrar Nelson Évora, Marco Fortes e João Ferreira, perdidos em busca da Alexander Platz (tenrinhos, comprovou-se que não têm saído muito do hotel). Depois de um certo mau aspecto, a comer mesmo junto ao supermercado, voltámos até à pista, onde o trabalho durante a sessão da tarde, não reservou nada de especial, sem ser trabalhar para a actualização do site.

Amanhã é o ultimo dia de competições e o nosso penúltimo dia em Berlim. Tem sido uma experiência fantástica para todos, com muita aprendizagem pelo meio. Até amanhã.


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