Os bichos de Berlim (dia 8)

Quinta, 20 Agosto 2009
A reflexão de hoje prende-se com os bichos de Berlim, uns mais chatos que outros.

Tem sido uma constante em Berlim e a qualquer sítio que a gente se desloque, desde vespas a bichos estranhos, passam a vida a circular-nos, mas sem morder. Estão naquela época chata, muito chata em que estão ‘moles’.

Por exemplo, no outro dia eu e o Telmo estávamos no Centro de Imprensa a trabalhar para conteúdos do Atleta-Digital, quando vemos pousar uma mosquita pequena numa folha de papel. Pegámos na folha, a mosca não fugiu ; Demos voltas e mais voltas à folha, a mosca não saiu do mesmo local ; Soprámos, a mosca não fugiu ; Acabou por sair por cair, enquanto demos umas voltas com mais velocidade à folha. Mas o que existe mesmo mais são vespas, pelo que, em tom irónico, questiono o porquê da mascote ser um Urso, o Berlino! E porque não uma vespa chamada Berlina?!.

Como falo de bichos de Berlim e considerando a mascote destes Mundiais como um ‘bicho’, há que dizer que o animador que tem estado dentro da mascote tem feito um papel fundamental para animar público e atletas, fazendo da mascote aquilo que ela deve realmente ser, um símbolo de espectáculo e animação para todos. E este Berlino já andou de patas para o ar (foi o lançador alemão o responsável), já imitou a imagem de marca de Usain Bolt, ao lado do próprio e já deve ter tirado milhares de fotografias com pessoas. Esta mascote está ao topo da caixa de areia, no carrinho telecomandado que transporta os engenhos de lançamentos e até a credencial da mascote que anda pela pista, tem a foto, não do animador que lá está dentro, mas do…Berlino. E é toda esta imagem de marca que tem feito disparar as vendas de todo o tipo de merchandising em torno de Berlino, sendo uma importante fonte de receita.

Hoje foi um dia em que decidimos conhecer um pouco mais da cidade, da parte da manhã, aproveitando o facto de apenas termos a participação de Vânia Silva por volta das 14 horas. Foi um momento para conhecer outras vistas da cidade, já que temos andado mais no Sul da cidade e menos no Norte da cidade. É uma zona mais residencial, com pouco interesse cultural, pelo que não se revelou demasiado entusiasmante. Depois disso aproveitámos para ir a um dos principais locais da cidade, a Alexanders Platz, para almoçar e depois ir até ao Estádio Olimpico de Berlim, com metade da equipa a acompanhar a prestação de Vânia Silva e a outra metade a deslocar-se a uma conferência de imprensa promovida pela Federação Portuguesa de Atletismo.

Pelo meio, enquanto eu e o Telmo fazíamos a viagem de regresso da Conferência de Imprensa, foi tempo de ir fazer umas compras para a casa e para a Festa da Cerveja que se iria realizar ao fim do dia. Foi tempo ainda de fazer Geocaching, tendo feito uma delas numa estação de comboio abandonada e que em breve entrará em obras, não tendo ido mais cedo para obras por causa da realização deste Mundial. No final da sessão da tarde, que consagrou Usain Bolt como a grande lenda viva do atletismo, se é que essas dúvidas ainda existiam e que até deu para que um dos voluntários nos viesse falar de Cristiano Ronaldo, só porque éramos portugueses, foi a Festa da Cerveja, com cerveja de borla para todos os Media aqui presentes. Foi também tempo de comer uns pistachos e umas batatas a acompanhar, enquanto bebíamos a cerveja berlinense, que comprovámos novamente ter um sabor muito esquisito, só que desta feita não as pagámos.

Regressámos, depois de alguma sujidade limpa no Centro de Imprensa, para a “cabana”, para amanhã termos mais um dia de intenso e puro atletismo.

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